segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ombro de quem ama

O choro alcança a verdade
Acha o paradeiro da descrença
Ousa quando diz que não vale à pena
Mostra que a saudade machuca
Enquanto a distância parece ser a solução.

Não destrate a tolerância, jovem menina
Você insiste em contradizer o meu coração
Eu não queria sair andando sem olhar para trás,
Mas você não desata o sonho do encantado
E vive nessa razão inconsistente de um sonho milenar.

A causa da partida de quem só quis lhe fazer bem
É o nó que poderia ter desatado enquanto preferiu o laço
A vida é trançada em escolhas
E faz o melhor tapete quem prefere ser feliz.

Chore, mas não prefira estar sozinho
Meu ombro ainda está aqui,
Meu colo ainda tem cheiro de travesseiro...

Eu não quero partir...

Mas há alguém n’outro caminho
Que espera a minha chegada
Tímido, entrando de mansinho
Para arrancar-lhe um sorriso...

Mas eu quero ficar aqui...

Então se for para chorar, chore!
O sorriso vem depois do choro
Assim como o sol vem depois da chuva e da lua.
Vamos sair essa noite, tomar um sorvete,
Contar coisas bobas que são traços marcados nos versos do passado,
E vamos então sorrir...

Apaixonados...

Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio
Aluno de Letras - Uniesp Ribeirão Preto - SP

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